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Perito Judicial: Mitos e Verdades Sobre uma das Carreiras Mais Promissoras do Mercado

Perito Judicial: Mitos e Verdades Sobre uma das Carreiras Mais Promissoras do Mercado

Postado em: 24/04/2025
Atualizado em: 24/04/2025
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Perito Judicial: Mitos e Verdades Sobre uma das Carreiras Mais Promissoras do Mercado

A profissão de perito judicial desperta muita curiosidade e interesse entre profissionais de áreas como engenharia, contabilidade, medicina, psicologia, administração, tecnologia da informação, entre outras, em busca de novas oportunidades. Trata-se de uma função que combina conhecimento técnico, atuação autônoma e a possibilidade de contribuir diretamente com o sistema de Justiça. Além disso, é uma carreira que oferece flexibilidade, respeito profissional e boas perspectivas de remuneração — o que a torna ainda mais atrativa.

No entanto, apesar do crescente interesse, o desconhecimento sobre a atuação pericial e a disseminação de informações equivocadas são obstáculos comuns para quem deseja ingressar nessa atividade. Muitos profissionais têm dúvidas sobre como funciona a nomeação, se é necessário prestar concurso, se a atuação exige vínculo com o tribunal ou mesmo se é uma profissão viável financeiramente. Afinal, é preciso concurso público? Só advogados podem atuar como peritos? As nomeações dependem de indicações pessoais? É verdade que não existe mercado real para peritos? Essas e outras questões são recorrentes e merecem ser esclarecidas de forma direta e transparente.

Esses mitos, frequentemente reforçados pela falta de informação clara e confiável, acabam criando barreiras desnecessárias e afastando excelentes profissionais de um mercado em ascensão. A realidade, porém, é que a perícia judicial é uma carreira acessível para quem tem formação superior, registro em conselho de classe e, principalmente, está disposto a aprender e se capacitar.

Neste guia completo, vamos desmistificar os principais mitos e elucidar as verdades sobre a profissão de perito judicial, fornecendo um panorama claro e objetivo sobre as oportunidades, os desafios e os requisitos dessa área. A proposta é apresentar um olhar realista e baseado em experiências concretas, ajudando você a avaliar com segurança se essa carreira faz sentido para o seu perfil profissional.

Continue a leitura para entender tudo sobre esse mercado, desvendar os mitos mais comuns e conhecer as verdades que fazem da carreira de perito judicial uma das mais interessantes para quem busca autonomia, reconhecimento e relevância profissional.


O Que Faz um Perito Judicial?

Antes de abordarmos os mitos e verdades, é importante compreender com clareza o papel do perito judicial dentro do sistema judiciário. Vamos passar rapidamente por esse tópico aqui, mas se você deseja uma explicação mais completa sobre o assunto, já publicamos um artigo detalhado sobre o que é a perícia judicial e como entrar nesse mercado, que recomendamos fortemente a leitura.

O perito judicial é o profissional nomeado pelo juiz para atuar como um auxiliar da Justiça, oferecendo suporte técnico especializado em processos que envolvem questões que extrapolam o conhecimento jurídico. Seu papel é produzir um laudo pericial claro, fundamentado e objetivo, respondendo aos quesitos formulados pelas partes e esclarecendo pontos técnicos que ajudarão o magistrado a formar seu convencimento.

Engenheiros, contadores, arquitetos, médicos, psicólogos, administradores e outros profissionais com formação superior e registro em conselho de classe podem atuar como peritos judiciais, desde que possuam domínio técnico na área específica do objeto da perícia.

A atuação do perito exige responsabilidade, precisão e ética, já que o conteúdo de seu laudo pode impactar diretamente na sentença proferida pelo juiz. Por isso, é fundamental estar bem preparado técnica e proceduralmente.

Agora que você já compreendeu melhor o que faz um perito judicial, vamos desmistificar algumas crenças erradas sobre essa carreira e mostrar o que é fato e o que é mito quando falamos dessa profissão.

Mito 1: É preciso ser formado em Direito para atuar como perito judicial

Não é necessário ter formação em Direito para se tornar um perito judicial. Este é um dos mitos mais comuns que circulam entre profissionais que estão começando a explorar essa carreira. A função do perito judicial não é interpretar a lei, mas sim fornecer um laudo especializado sobre um determinado tema que exige conhecimento fora da área jurídica.

O foco da atuação do perito está justamente na sua expertise técnica, seja ela em engenharia, contabilidade, medicina, psicologia, tecnologia da informação, administração ou qualquer outra área que tenha relação com o objeto do processo judicial. O juiz nomeia o perito para esclarecer questões técnicas e científicas que ele, por ter formação jurídica, não domina — e por isso precisa contar com profissionais de outras áreas.

O que realmente importa para atuar como perito é ter formação superior completa e registro no conselho de classe, que permita assinar laudos correspondente à profissão e comprovar o conhecimento técnico necessário. Esse conhecimento pode ser demonstrado por meio de cursos especializados, experiência profissional e, principalmente, pela qualidade dos laudos apresentados ao longo da carreira.

Outro ponto importante é o cadastro nos tribunais, que é feito de forma online por meio das plataformas eletrônicas do Poder Judiciário. Esse cadastro, normalmente, exige documentação comprobatória da formação, registro profissional. É por meio desse cadastro que os juízes acessam os profissionais habilitados para nomeações.

Portanto, qualquer profissional que atenda aos critérios legais e tenha conhecimento técnico pode atuar como perito judicial — independentemente de ter ou não formação em Direito. O diferencial está na qualificação contínua e na seriedade com que o trabalho é realizado.

Mito 2: O perito judicial precisa ser concursado

O perito judicial não precisa ser concursado para exercer sua função. Essa é uma confusão bastante comum entre os profissionais que estão começando a conhecer essa área. Diferente de cargos públicos tradicionais, como o de juiz, promotor ou servidor do tribunal, a atividade do perito judicial é exercida por profissionais autônomos, sem vínculo empregatício com o Poder Judiciário.

O perito atua por nomeação do juiz em processos específicos. Isso significa que ele é chamado conforme a necessidade do processo, de acordo com a sua área de especialização. A nomeação é realizada com base nos cadastros mantidos pelos tribunais, onde o profissional deve se inscrever previamente e apresentar os documentos que comprovem sua formação, registro profissional e, em alguns casos, experiência na área, caso seja exigido.

Esse sistema permite que profissionais de diversas áreas — como engenharia, contabilidade, arquitetura, psicologia, medicina, entre outras — possam atuar na perícia judicial sem a necessidade de passar por concurso público. Em vez disso, o critério mais importante é a capacidade técnica demonstrada pelo profissional, a ser avaliada tanto pelo currículo quanto pela qualidade dos laudos emitidos e conhecimento da prática e rotina que o perito se envolve, desde a sua nomeação.

Portanto, se você tem conhecimento técnico sólido e deseja atuar como perito judicial, não é preciso esperar por um edital de concurso. O caminho mais eficaz é se capacitar, se cadastrar nos tribunais e começar a construir sua reputação com base em um trabalho sério, ético e tecnicamente bem fundamentado.

Mito 3: A nomeação como perito é rápida e garantida

Uma das crenças mais equivocadas sobre a perícia judicial é a ideia de que, uma vez cadastrado no tribunal, o profissional será nomeado rapidamente. Na prática, a nomeação como perito exige tempo, dedicação e construção de reputação. Embora o cadastro seja um passo importante, ele não garante a indicação imediata nem uma frequência contínua de nomeações.

O sistema de nomeações é baseado tanto na ordem das listas quanto na confiança que o juiz deposita nos profissionais. Juízes tendem a nomear peritos que demonstram preparo, responsabilidade e conhecimento técnico e conhecimento da burocracia. Por isso, a experiência, a capacitação e a qualidade dos laudos anteriores fazem toda a diferença para ser lembrado em novos processos.

Além disso, estar com os cadastros sempre atualizados, utilizar corretamente os sistemas dos tribunais e apresentar um currículo profissional objetivo também influencia positivamente.

Em resumo, entrar na lista de peritos é apenas o início. O reconhecimento e as nomeações vêm com o tempo e são fruto de uma atuação consistente, profissional e estratégica. Para quem deseja acelerar esse processo, investir em cursos específicos sobre perícia judicial como o Curso Perícia Judicial online e se aprofundar na prática da elaboração de laudos é o melhor caminho para ganhar destaque e construir uma trajetória sólida na área.

Mito 4: O perito judicial recebe um salário fixo

Ao contrário do que muitos pensam, o perito judicial não recebe um salário fixo. Ele atua como profissional autônomo, sendo remunerado por cada perícia realizada. Isso significa que não há uma remuneração mensal garantida — os ganhos estão diretamente ligados à quantidade de nomeações recebidas e à complexidade de cada caso.

Cada perícia tem seus honorários definidos individualmente, e esses valores podem variar bastante de acordo com o tipo de processo, o grau de dificuldade da análise técnica, o tempo envolvido no trabalho, e até mesmo o tribunal responsável pelo processo. Em ações envolvendo a Assistência Judiciária Gratuita (AJG), os valores são fixados conforme tabela do tribunal. Já nos casos de perícias normais, o próprio perito pode sugerir sua remuneração, mediante aprovação do juiz.

Por isso, o perito precisa aprender a gerenciar sua rotina e sua carreira como um empreendedor, organizando sua agenda, planejando suas finanças e buscando capacitação constante para ampliar sua credibilidade e conquistar mais nomeações.

A liberdade de atuar por conta própria também permite conciliar a perícia judicial com outras atividades profissionais. Muitos peritos mantêm seus escritórios ou empregos em paralelo, utilizando a perícia como uma fonte complementar de renda — que, com o tempo e a estratégia certa, pode se tornar a principal.

Portanto, se você busca estabilidade no estilo tradicional, com remuneração fixa mensal, a perícia judicial pode não ser o caminho ideal. No entanto, se o que você procura é autonomia, flexibilidade e potencial de crescimento financeiro, a profissão oferece um terreno fértil para se desenvolver — especialmente para quem está disposto a se qualificar e se posicionar com seriedade no mercado.

Mito 5: É uma carreira burocrática e difícil de ingressar

Um dos mitos mais desmotivadores para quem considera a carreira de perito judicial é a ideia de que o processo para ingressar é excessivamente burocrático e inacessível. Embora existam, sim, etapas formais e exigências específicas — como o cadastro em tribunais, envio de documentos e cumprimento de prazos judiciais — a verdade é que com organização, planejamento e capacitação adequada, é perfeitamente possível iniciar nessa profissão.

O que muitas vezes é percebido como burocracia nada mais é do que o funcionamento natural do sistema judiciário, que exige formalidade, clareza documental e cumprimento de ritos processuais. Isso, inclusive, pode ser um diferencial positivo para quem é disciplinado e sabe seguir orientações com precisão.

Hoje, o acesso à carreira está cada vez mais democratizado. Diversos tribunais já oferecem sistemas online para cadastro de peritos, com processos mais ágeis e transparentes. Além disso, há cursos específicos que ensinam passo a passo como se cadastrar, atuar em diferentes tipos de perícia e lidar com os aspectos técnicos e burocráticos da profissão.

Outro ponto importante é que a curva de aprendizado pode ser acelerada com orientação certa. Profissionais que investem em conhecimento prático e entendem o funcionamento do processo judicial conseguem se adaptar com mais facilidade e já iniciam suas atividades com maior segurança e profissionalismo.

Portanto, embora o ingresso na carreira de perito judicial requeira atenção às formalidades do sistema, ele está longe de ser inacessível. Ao contrário: com dedicação, estratégia e capacitação contínua, qualquer profissional com formação superior e registro em conselho de classe pode construir uma trajetória sólida e bem-sucedida na área.

Mito 6: A demanda por peritos judiciais é baixa

Um dos equívocos mais comuns é acreditar que a atuação do perito judicial está restrita a poucos processos ou que há uma baixa demanda por esse tipo de profissional. Na realidade, a demanda por peritos vem crescendo de forma consistente, impulsionada principalmente pelo aumento no número de processos judiciais e pela complexidade das matérias analisadas pelo Poder Judiciário.

Hoje, é comum que juízes enfrentem ações que exigem conhecimento técnico específico — seja em engenharia, contabilidade, medicina, tecnologia, psicologia ou administração. Nessas situações, o perito judicial é essencial para garantir que o julgamento seja baseado em informações técnicas confiáveis e imparciais.

Além disso, a atuação do perito não se limita ao ambiente judicial. Muitos profissionais também encontram excelentes oportunidades na atuação extrajudicial, oferecendo serviços de consultoria técnica para escritórios de advocacia, empresas, órgãos públicos e até mesmo particulares. Esse tipo de trabalho pode envolver avaliações de imóveis, cálculos trabalhistas, perícias administrativas, entre outras demandas.

O novo Código de Processo Civil, ao estimular a equidade nas nomeações e exigir maior transparência e qualificação dos peritos, também contribuiu para a ampliação da participação de novos profissionais nesse mercado. Ou seja, o campo da perícia está longe de estar saturado — ao contrário, é um segmento em expansão, especialmente para quem está preparado e sabe se posicionar com seriedade e competência.

Portanto, se você ouviu que não vale a pena investir nessa carreira porque não há demanda, saiba que essa é uma visão ultrapassada. A perícia judicial e extrajudicial oferece um mercado com grande potencial para quem busca crescimento, estabilidade e reconhecimento profissional.

Profissões de maior interesse pela ordem decrescente, segundo classificação do professor Rui Juliano, considerando número de perícia, número de profissionais atuando e valor médio dos honorários:

Engenheiro

Arquiteto

Contador

Médico

Administrador

Economista

Odontólogo

Profissional da área de meio ambiente

Segurança e medicina do trabalho

Psicólogo *

Corretor de imóveis **

Assistente social *

Profissionais de grafoscopia e documentoscopia (não é necessário ter registro em Conselho de Classe) ***

* Muitas perícias com AJG (honorários muito baixos)

** Atuação apenas em avaliações de imóveis e muitos profissionais cadastrados em tribunais

*** Muitas perícias com AJG e muitos profissionais cadastrados em tribunais e Listas das Varas

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Para, profissionais não listados, acima, o risco é grande de não encontrar mercado.

Conclusão

A carreira de perito judicial é repleta de oportunidades para algumas categorias profissionais, elencadas pelo professor Rui Juliano, que desejam ampliar suas possibilidades de atuação e conquistar mais autonomia e reconhecimento no mercado. Ao desmistificar os principais mitos e compreender as verdades sobre essa profissão, torna-se evidente que, embora existam desafios, é totalmente viável construir uma trajetória sólida, estável e financeiramente recompensadora nessa área.

Com o crescimento constante do número de processos judiciais e a complexidade técnica das demandas, a figura do perito se torna cada vez mais indispensável no sistema de Justiça. E, ao contrário do que muitos acreditam, não é necessário prestar concurso, ser advogado ou depender de indicações para começar. O que realmente conta é o conhecimento técnico, o comprometimento com a qualidade do trabalho e a disposição para investir em capacitação.

Se você deseja se tornar um perito judicial e garantir uma atuação de sucesso, invista em qualificação, cadastre-se nos tribunais e mantenha-se atualizado com as exigências do Judiciário. Além disso, desenvolva sua marca profissional e esteja preparado para atuar com ética, responsabilidade e excelência técnica.

Essa é uma carreira promissora que pode trazer grandes retornos — não apenas financeiros, mas também em termos de crescimento profissional, satisfação pessoal e contribuição para a Justiça.

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